Sempre ouvi dizer que longe da vista, longe do coração. Mas eu não penso da mesma forma. O coração agarra as coisas com demasiada força, tanta que a maior parte das vezes nem as consegue deixar partir. E o cérebro essa coisa manhosa que faz da vida ser filósofo tem ciúmes, sente que o companheiro de longa data se envolve demais com coisas externas e também quer entrar na fotografia. Então aproveita a cegueira dos olhos e planta a semente da dúvida. Põe de lado a profissão de filósofo e torna-se jardineiro, todos os dias a rega, e pensa nela, e faz com que cresça até proporções desmedidas. Aí o coração magoa-se, amedronta-se, não quer voltar a passar pelo mesmo. Sabes chega um ponto em que os remendos são de mais, e já não há solução. Dizem que relações à distância não funcionam, o coração e a mente entram em colisão e ninguém sobrevive. Eu acho que os grandes amores sobrevivem, talvez não sejam os certos, ou talvez sejam, mas são grandes. Vais ter que aprender a distinguir, já demasiados corações se partiram não precisamos de mais um.
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